O que é a indústria 4.0: entenda seu histórico de desenvolvimento
O setor industrial vem passando por diversas transformações ao longo do tempo e, atualmente, chegou ao patamar que pode ser chamado de Indústria 4.0. Basicamente, ela conta com o grande suporte da tecnologia e, por isso, pode ser considerada mais evoluída que os demais estágios.
Elaboramos este post para explicar melhor o conceito, qual é o cenário atual no Brasil, quais são as principais características desse modelo e por que as empresas precisam ficar por dentro dele. Continue a leitura para saber mais!
O que é a Indústria 4.0?
Desde a primeira Revolução Industrial, entre os séculos 18 e 19, podemos perceber uma evolução na forma como as fábricas são geridas. Na segunda, por exemplo, houve a adoção da energia elétrica e, na terceira, o início da automação.
A Indústria 4.0 vem como uma continuidade desse processo de automatizar as organizações e apostar em novas tecnologias. Anteriormente, era a indústria que ditava as tendências; hoje, são os clientes que influenciam os processos.
Isso quer dizer que as empresas precisam se reinventar a todo instante, apostando, principalmente, na integração — tanto no ambiente interno (tornando o chão de fábrica mais conectado, por exemplo) quanto no ambiente externo, aproximando a relação entre suprimentos e consumo.
Como funciona o cenário atual no Brasil?
De modo geral, podemos dizer que muitas empresas ainda estão passando pela Indústria 3.0, investindo em automação por meio de programação, robótica e eletrônica. Em comparação a países mais desenvolvidos (como a Alemanha), a defasagem ainda é bem grande.
Entretanto, isso não quer dizer que estamos longe de chegar a esse novo patamar. Pode-se apostar mais em tecnologia da informação e automação dos processos, tornando as empresas mais competitivas — e sem que o foco esteja na contratação de mão de obra de baixo custo para que isso seja possível.
O que não se pode fazer é negligenciar a necessidade de investir em capacitação dos profissionais (como gestores, analistas de sistemas, engenheiros e técnicos) nas novas tecnologias.
Além disso, também é preciso contar com o auxílio do governo (com fomento e incentivo a políticas mais estratégicas) e instituições de pesquisa, que formam profissionais focados no desenvolvimento tecnológico.
Quais são as características desse modelo?
As características e a implantação da Indústria 4.0 nas fábricas segue alguns pilares básicos.
Flexibilidade
Trata-se da capacidade de produzir conforme a demanda, possibilitando a facilidade de alternar as atividades executadas nas máquinas.
Virtualização
É a adoção do chamado digital twin (ou gêmeo digital), uma evolução dos sistemas de simulação. Por meio dele, tem-se uma cópia virtual, obtida por meio de sensores espalhados pela fábrica, os quais permitem monitorar e rastrear os processos remotamente.
Coleta de dados em tempo real
Com a automação, as informações a respeito dos processos são coletadas em tempo real. Isso possibilita uma tomada de decisão mais ágil e, consequentemente, mais eficaz.
Descentralização
A descentralização dos processos tem como objetivo otimizar os processos produtivos. Com a transmissão de dados relevantes sobre os ciclos de trabalho (obtidos por meio do monitoramento das máquinas), torna-se possível tomar decisões com base nas necessidades em tempo real.
Sistemas focados em serviços
Um software focado em serviços (SaaS) contribui para o monitoramento dos dados em tempo real e fornece informações valiosas sobre as máquinas e equipamentos.
Por meio desse acompanhamento, um dispositivo conectado a um IP pode revelar insights importantes para aprimorar os processos (como melhorar a eficiência energética).
Além disso, podemos citar outros elementos que compõem esse novo modelo:
- Big Data;
- Inteligência Artificial;
- computação na nuvem;
- realidade aumentada;
- Internet das Coisas (IoT);
- sensores inteligentes;
- conectividade;
- digitalização;
- integração entre sistemas.
Por que as empresas precisam conhecer esse conceito?
Assim como nas outras revoluções, a Indústria 4.0 promove mudanças no mercado e nas relações entre empresas e seus clientes.
Em cenários cada vez mais competitivos, deixar de investir na implantação de novos modelos de negócios é sinônimo de abrir mais espaço para os concorrentes mais qualificados.
Modernização das fábricas
Como o foco fica mais voltado para atender a públicos mais exigentes, as empresas se veem obrigadas a investir em máquinas e equipamentos mais modernos.
Com eles, aumenta-se a possibilidade de oferecer produtos mais customizados de acordo com as demandas ou necessidades específicas dos clientes.
Adaptação a um novo patamar
O investimento em tecnologia é fundamental para que a adaptação a esse novo modelo seja viável. Assim, as organizações passam a investir cada vez mais em fábricas conectadas e inteligentes.
Aumento da produtividade
A Indústria 4.0 possibilita reduzir os custos e aumentar a lucratividade, à medida que automatiza as operações e diminui os erros. O ganho de produtividade e eficiência operacional pode ser obtido por meio de:
- automação dos processos;
- diminuição do índice de paradas produtivas;
- diminuição do custo do ciclo de vida dos ativos;
- melhorias na produção.
Sustentabilidade e melhoria nas condições de trabalho
Ainda que o contexto pareça ser voltado para a tecnologia e a automação, a preocupação com as pessoas e o capital intelectual ainda é bem presente, visto que os colaboradores exercem um papel fundamental para o alcance dos objetivos.
O monitoramento da planta permite identificar questões como a presença de radiação ou gases, variação de temperatura e outros dados que permitem aumentar a proteção dos profissionais e evitar acidentes ou o surgimento de doenças ocupacionais.
Aumento da integração entre as operações
A adoção dos chamados sistemas ciberfísicos contribui para que as fábricas contem com estruturas mais inteligentes, que podem se conectar à cadeia de suprimentos e aos clientes, de uma ponta a outra. Isso ajuda a sincronizar e ajustar melhor as demandas.
A chegada da Indústria 4.0 já é uma realidade e não pode ser ignorada pelas empresas que buscam se manter competitivas no mercado.
Apesar da grande transformação que ela acarreta, é preciso pensar nas vantagens que ela pode trazer em curto, médio e longo prazos. Dessa forma, podemos dizer que a tendência é que a relação custo-benefício seja altamente compensatória.
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