Rastreamento de produtos: 5 dicas para venda de medicamentos
Se você já acompanha nosso blog há algum tempo, já deve ter notado que enfatizamos muito a importância do rastreamento de produtos. Ele ajuda na profissionalização, segurança e eficiência na entrega da sua mercadoria.
Já apresentamos diversos motivos e vantagens que nos fazem recomendar essa prática, e recentemente surgiu mais um exemplo de como ela é importante. No fim do ano passado, foi sancionada a Lei 13.410/2016, que regulamenta o rastreamento de medicamentos.
Por isso, no post de hoje, vamos abordar mais uma vez essa questão tão importante, mostrando 5 dicas para se beneficiar do procedimento, mesmo que o seu negócio não esteja diretamente relacionado à produção de medicamentos. Confira!
1. Inclua o rastreamento de produtos entre suas prioridades
No final de 2016, foi criado o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. O órgão responsável pela fiscalização e implementação desse sistema, como já era esperado, será a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A boa notícia que temos para você é que isso não é uma obrigação a mais para quem pertence a esse setor. É uma oportunidade.
Afinal, a nova lei determina que produtores e fornecedores, de início ainda em caráter experimental, comecem a trocar informações sobre certos lotes de medicamentos.
Daí por diante, a implementação do sistema será gradual, e deve estar funcionando a todo vapor daqui a aproximadamente 5 anos.
Essa é a grande chance de você conhecer e aplicar as novas regras no seu negócio, mesmo que a lei não se aplique a você.
Ficar em dia com a fiscalização e ainda adotar um procedimento que pode revolucionar o funcionamento e organização internos do seu estabelecimento pode ser o passo que falta para o sucesso!
Só para que não haja dúvidas: por rastreabilidade, entendemos a adoção de um sistema que permita que uma mercadoria seja facilmente localizada ao longo de toda a cadeia de distribuição.
2. Tenha parcerias com fornecedores que utilizem o mesmo sistema de identificação
Se o objetivo na nova legislação é manter um sistema integrado, não faz sentido que cada elo da cadeia de distribuição adote uma metodologia de identificação diferente, concorda?
Por isso, sua primeira preocupação deve ser agir conjuntamente com todos os fornecedores e distribuidores. Tente contemplar, também, as empresas que cedem matéria-prima para a sua produção.
Se conseguirem fazer isso junto, vocês vão criar uma base de dados conjunta para o rastreio da mercadoria, que vai permitir recuperar dados sobre ela em tempo real. E isso independe da carga estar em alguma estrada do Brasil, a milhares de quilômetros de você.
A essa altura, você deve estar se perguntando como vai conseguir estabelecer essa padronização entre todas as empresas que participam do processo de fabricação e entrega. Há uma solução tão simples para esse problema, que é provável que você nem tenha pensado nela ainda.
3. Use o código de barras como identificador
A partir do momento em que o empreendedor reconhece a necessidade de usar um código regulamentado para identificar seus produtos, ele tende a buscar primeiro as soluções mais complexas.
Isso não é necessário! Você tem à mão o código de barras, a melhor e mais popular forma de codificar e identificar os seus produtos. Isso, claro, para não mencionar que ele certamente já deve ser usado pelos seus fornecedores e distribuidores.
Além de ter papel central na implementação de um sistema de rastreabilidade, há diversas outras vantagens desse tipo de codificação: ele gera confiança, facilita a logística interna e externa do seu negócio e ainda te dá segurança contra falsificações e roubos de carga.
Além de tudo isso, o código de barras representa novas oportunidades de negócio. Ele é condição obrigatória para que o seu produto apareça nas prateleiras das grandes cadeias de varejo e para que sejam exportados.
Não seria uma boa reunir a precisão e segurança do processo de produção, integração com distribuidores e fornecedores, profissionalização e rastreabilidade?
4. Monitore constantemente e melhore os processos
Uma consequência muito interessante da integração de toda a cadeia de distribuição é que dá pra enxugar muitos processos.
Ou seja, hoje, a sua logística tem muitos gargalos e você só vai notá-los se aproveitar para fazer um monitoramento constante de todos os processos produtivos. Afinal, como fabricante, você é quem tem as obrigações para com o cliente.
Um produto defeituoso na prateleira é um prejuízo para a imagem da sua marca. Nenhum consumidor está interessado em saber se o erro que ocasionou esse defeito se deu no transporte ou muito antes de você entrar na cadeia, ainda durante a preparação da sua matéria-prima.
Com um mecanismo sério de rastreabilidade compartilhado com seus fornecedores, esses problemas serão facilmente identificados e solucionados antes que você e o consumidor saiam perdendo.
5. Evite imprevistos e atinja novos mercados
Por mais que você pense que um salto profissional dependa apenas da qualidade do seu produto, há várias outras questões que são determinantes para isso.
Faça um teste: use a rastreabilidade para criar um Plano de Recolhimento, garanta a segurança do seu consumidor evitando imprevistos — como lotes de mercadoria defeituosa ou abaixo do seu padrão de qualidade que precisam retornar ao seu estoque.
Depois disso, deixe seus possíveis novos parceiros comerciais saberem como você tem sido cuidadoso com cada etapa da logística.
Logo você vai ver quantas portas vão se abrir para de uma hora para outra. E não é isso que você quer? Ver o produto que te custou tanto suor e neurônios para aprimorar sendo exposto em vitrines e prateleiras de todo o Brasil?
O Sistema Nacional de Controle de Medicamentos não é um infortúnio para o setor. Ele é uma grande oportunidade de os empreendimentos sérios se destacarem e conquistarem o lugar que merecem no mercado.
Mas, para isso, é preciso saber se beneficiar dessa nova regra.
E você, que talvez nem faça parte do ramo de produção de medicamentos, deve adotar o rastreamento de produtos e tirar as melhores lições das mudanças do SNCM.
Está pronto para viver essa transição? Então deixe um comentário aqui embaixo contando pra gente qual é a sua estratégia para colocá-la em ação. Muita gente pode tirar boas ideias do seu planejamento!
24/03/2017 às 10:19
As empresas farmacêuticas que fizerem parcerias com os fornecedores de tecnologia de rastreabilidade e equipamento com grande conhecimento técnico, podem obter soluções personalizadas sob medida para atender às suas necessidades. Estas realmente sairão na frente, pois podem reduzir a curva de aprendizagem.