Como fazer uma distribuição de alimentos eficiente?
Como manter a qualidade dos produtos perecíveis desde a matéria-prima até a mesa do consumidor? Todo empreendedor da indústria alimentícia passa por dificuldades na hora de fazer a distribuição de alimentos. Afinal, é preciso ter cuidado com cada detalhe, como a embalagem, o acondicionamento, o clima, o transporte, entre outros elementos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que esses cuidados são de responsabilidade do fabricante. Portanto, para garantir a integridade do que você vende e manter os custos operacionais sob controle, é importante conhecer as particularidades de todo o processo logístico.
Para ajudar você nessa tarefa, preparamos este post. Ficou interessado? Então, continue acompanhando!
A importância da preservação dos alimentos perecíveis
Conforme determinado no Artigo 6 do Código de Defesa do Consumidor, os consumidores têm direito à “proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos”.
Em outras palavras, os responsáveis pela produção jamais devem entregar alimentos estragados ou fora do prazo de validade. Oferecidos dessa forma, eles podem causar infecções e uma série de outras complicações à saúde dos consumidores.
Nesse sentido, o transporte é um elemento extremamente importante no fornecimento da maior parte dos produtos. É a ligação- chave na cadeia de fornecimentos. Ele interliga todas as atividades na cadeia alimentar e inclui a produção primária de alimentos, a colheita, o processamento, o manuseamento e o armazenamento e os pontos de venda.
Dicas para melhorar a logística de alimentos na sua empresa
1. Adote a embalagem correta para preservar o produto
O tipo de embalagem é o primeiro fator a ser considerado na distribuição de alimentos. Além da caixa ou pacote que envolve o produto, é importante adquirir os contentores, paletes e contêineres que serão utilizados desde a armazenagem, passando pelo transporte, até o ponto de venda.
Uma embalagem pode exercer as seguintes funções:
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primária — é o tipo de embalagem que está em contato direto com o alimento;
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secundária — é a bandeja ou o filme que envolve a embalagem primária;
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terciária — é o contentor que reúne as embalagens secundárias de forma compacta e facilita o transporte da carga;
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quaternária — é o palete padrão que unitiza as embalagens terciárias para o transporte;
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quinária — é um contêiner ou outro tipo de embalagem especial utilizada para o transporte.
2. Invista em código de barras para a distribuição de alimentos
O uso do código de barras permite que seus produtos estejam dentro dos padrões estabelecidos por lei. O código EAN-13 é universal e possui 13 dígitos. Ele também garante a adequação do produto dentro e fora do país.
Outro benefício dessa tecnologia é poder identificar os lotes das mercadorias com rapidez e eficiência. Para produtos de tamanho pequeno, o ideal é o código DataBar. Para a organização da logística interna, o TF-14 é o mais recomendado, pois ele fica bem visível por fora das caixas de papelão.
3. Mantenha o local higienizado e refrigerado
Alimentos perecíveis merecem muita atenção quanto à forma de armazenamento, uma vez que estão sujeitos à contaminação por micro-organismos e deterioração em contato com o ambiente.
O armazenamento deve ter a temperatura ideal de refrigeração para a preservação das propriedades do alimento. O local precisa ser constantemente higienizado para que não ofereça nenhum risco de contaminação, de acordo com os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA.
Para a integridade dos produtos perecíveis, a temperatura assume uma importância fundamental. Os produtos alimentares devem ser mantidos a níveis baixos ao longo da cadeia de frio. No caso do transporte de alimentos refrigerados, é necessário assegurar que a circulação de ar não atinja temperaturas inferiores a -1 ºC.
A temperatura do ar deve ser o mais constante possível, já que a flutuação pode acelerar a perda de água e a permitir a formação de gelo dentro da embalagem de alimentos excessivamente congelados.
Alimentos refrigerados
Geralmente, a temperatura deve ser a mais baixa possível, ou seja, acima do ponto de congelação. Por exemplo, para alimentos crus em que a temperatura de congelação é entre -1 e -2 ºC, o grau ideal de transporte é de -1 ºC. Na prática, não é possível manter uma temperatura constante. Ao regular o controlador, deve-se ter em consideração a sua exatidão e precisão de modo a evitar que a temperatura de congelação seja atingida.
Alimentos congelados
A qualidade é mantida de forma mais adequada quando a temperatura é tão baixa e constante quanto praticável.
Em armazéns de congelação, a temperatura é, muitas vezes, de -28 ºC; no transporte, fica normalmente entre -18 e -25 ºC.
4. Preserve o produto com a paletização
O sistema de transporte é um dos momentos mais delicados da logística do alimento, pois ele fica vulnerável ao clima e ao manuseio inadequado. Por isso, é preciso criar estratégias para preservá-lo durante o trajeto.
É recomendável que os produtos sejam paletizados para fazer embarque e desembarque. Isso ajuda a evitar choque térmico e contaminação. Os responsáveis pelo transporte devem evitar o excesso de umidade e condensação, de acordo com o padrão exigido para cada tipo de alimento.
5. Aumente a agilidade da logística para não perder os produtos perecíveis
Produtos perecíveis não podem passar muito tempo longe de um local seguro e refrigerado. Se o processo logístico for demasiadamente longo, isso pode significar prejuízos para sua empresa.
Por isso, os processos de armazenagem exigem muita atenção da equipe. No entanto, se o seu pessoal for preparado e tiver toda a infraestrutura necessária para remover, transportar e dar um destino correto ao produto, isso não será um problema.
Como você viu, para fazer a distribuição de alimentos de maneira eficiente são necessários alguns cuidados, como a armazenagem correta, o transporte ágil, o clima adequado, entre outros fatores. Além disso, é importante considerar que a embalagem certa ajuda a preservar a integridade do produto e a conservar o alimento.
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