Comércio exterior: 7 passos para um e-commerce começar a exportar
O comércio exterior deixou de ser um sonho distante de investimento para pequenos e médios empreendedores. Hoje, países como Alemanha, Austrália, China e Estados Unidos são clientes assíduos do e-commerce brasileiro.
Muitos fatores contribuem para essa realidade: a valorização do dólar comparado ao real, a isenção de impostos, como ICMS, IPI, PIS e outros. É inegável que, em tempos de crise, a internet é a alternativa ideal para expandir os negócios internacionalmente.
Exportar é um negócio muito vantajoso, mas você deve levar isso a sério e se preparar bem antes de investir.
Sabendo disso, preparamos uma lista com 7 passos para você começar a exportar e alavancar as vendas. Acompanhe!
1. Faça uma análise do país em questão
O primeiro passo é conhecer o país que será o destino do seu produto. A história do lugar, o sistema econômico, político, tarifário e a estrutura tributária são informações relevantes para uma análise criteriosa.
É importante observar, ainda, os problemas mais recentes do país, como: guerra, terrorismo, crise econômica, desastres ambientais, entre outros. O objetivo é explorar dificuldades que possam inviabilizar a realização do negócio.
2. Estude o perfil da concorrência
Conhecer os concorrentes é essencial para uma empresa avaliar as suas chances de ingressar em outro país. Se eles forem muitos e estiverem pulverizados, significa que a aceitação do produto será mais fácil.
Caso os concorrentes estejam em menor número, isso pode representar risco de investimento. Nesse caso, é melhor estudar o mercado de forma mais detalhada. Se forem encontrados outros empreendedores brasileiros que exportam o mesmo tipo de produto, quer dizer que o consumidor estrangeiro já incorporou a cultura daquele produto.
3. Visite o país para o qual pretende exportar
Faça uma viagem para o país no qual pretende expandir o seu negócio. Chegando lá, aproveite o tempo disponível para obter o máximo de informações e anote tudo. Uma ideia é conversar com os funcionários da embaixada ou consulado brasileiro, pois eles têm um bom entendimento do mercado local.
4. Foque na apresentação do produto para o comércio exterior
A embalagem da mercadoria exerce uma influência importante na aceitação do produto. Além das questões de conservação, é importante que ela apresente um design atrativo para o consumidor estrangeiro.
As informações sobre o produto precisam estar bem posicionadas para não dificultar a compreensão: identidade visual da marca, selo de exportação, características como peso, conteúdo, validade (se houver), entre outros.
Outros fatores relevantes que merecem atenção são: observância das exigências legais referentes à saúde e segurança, facilidade de manipulação, durabilidade, credibilidade, resistência, dimensões e voltagem.
5. Planeje a forma de envio dos produtos
As agências dos Correios oferecem um excelente serviço de exportação e importação de produtos. O sistema Exporta Fácil permite o envio de mercadorias de até US$ 50 mil por remessa, para mais de 200 países. O Importa Fácil permite o recebimento de importações abaixo de US$ 3 mil.
6. Seja criterioso com o preço
É importante considerar se o preço cobrado é competitivo dentro do mercado que se deseja atingir, pois o valor deve ser compatível com os produtos locais. Quando inserido em um mercado novo, o produto pouco conhecido deve oferecer um preço inferior ao praticado pelos concorrentes, para dar a ideia de que ambos possuem o mesmo nível de qualidade.
Ao contrário, um produto já conhecido do público pode ser comercializado com um preço superior, em razão de sua aceitação no mercado. Outro detalhe é que o empreendedor deve estar preparado para arcar com custos inesperados, como atrasos na entrega ou qualquer outro motivo. Isso precisa ser analisado antes de precificar o produto.
Fatores que influenciam o preço de exportação:
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Competidores potenciais;
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Custos de produção;
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Sistemas de financiamento à exportação;
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Tratamento dos tributos referentes à exportação;
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Despesas de exportação;
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Despesas portuárias, gastos com despachantes e equipe especializada, caso a empresa não opte pela exportação indireta, frete e seguro interno até o ponto de embarque, etc.);
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Preços praticados por competidores de terceiros países;
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Comportamento dos consumidores;
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Novas tecnologias.
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7. Providencie a documentação necessária
As operações de exportação podem ser realizadas mediante a inscrição no REI, Registro de Exportadores e Importadores da SECEX — Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Os documentos necessários para exportar produtos são praticamente os mesmos em todos os países. No entanto, alguns exigem o visto consular. É recomendável procurar um profissional especializado nessa área, pois erros podem resultar em multas ou outros problemas.
Confira os principais documentos para exportação no Brasil:
Fatura Proforma
Documento que contém todas as informações básicas para firmar o negócio. Pode ser utilizado para criar uma carta de crédito ou efetivar a transferência do dinheiro.
Fatura Comercial
Reúne todas as informações previamente declaradas na Fatura Proforma. Deve ser apresentada junto dos outros documentos que confirmam a exportação.
Conhecimento de Embarque
A transportadora é responsável por emitir o Conhecimento de Embarque, que representa o contrato de transporte e atesta o envio da mercadoria.
Romaneio de Embarque
Documento preenchido pelo exportador que apresenta uma lista detalhada de pacotes e seus conteúdos. O objetivo é facilitar a supervisão na alfândega.
Certificado de Origem
Documento que comprova o fato de que a mercadoria vem do país exportador.
Documentos referentes à mercadoria:
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Registro de Exportação no SISCOMEX;
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Registro de Operação de Crédito;
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Registro de Venda;
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Solicitação de Despacho;
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Nota Fiscal;
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Conhecimento de Embarque;
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Fatura Comercial;
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Romaneio;
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Outros documentos: certificado de origem, certificado ou apólice de seguro, legalização consular, borderô ou carta de entrega.
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Expandir suas vendas no comércio exterior por meio do e-commerce é uma forma de fazer com que a sua marca seja reconhecida dentro e fora do país. Como você percebeu, o momento é favorável para investir em exportação, principalmente pelo fato de a moeda estrangeira ser muito valorizada. Isso prova que o e-commerce é um bom negócio tanto para quem exporta como para quem importa.
Para saber mais, leia também: Os 7 principais cuidados que você precisa ter na hora de exportar produtos. Você saberá a importância do planejamento financeiro para a exportação de produtos, características da exportação direta e indireta e os principais erros que as empresas iniciantes cometem ao exportar!