7 erros comuns no planejamento estratégico de PMEs
Somos um dos países mais empreendedores do mundo! Duvida? Pelo menos essa é a opinião de instituições internacionais renomadas, como a Global Entrepeurneship Monitor (GEM) e a Approved Index. Em ambos os rankings estamos classificados entre os países onde mais se abrem negócios em todo o globo. De fato, o brasileiro possui a veia empreendedora, mas será que isso é o suficiente para o sucesso? Evidentemente, não.
Infelizmente, apesar de sermos um país com iniciativa, muitos negócios ainda fecham prematuramente por aqui. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que de cada 10 empresas abertas no país, apenas 6 continuam funcionando após o quinto ano de existência. O motivo é muito simples. Muitos especialistas e instituições, como o Sebrae, apontam a falta de planejamento como um dos principais problemas.
Sim, se você pretende garantir o sucesso e a sustentabilidade na sua empresa, então é melhor desenvolver um ótimo planejamento estratégico. Assim, pode garantir uma gestão mais proativa, calculando cada um dos seus passos e evitando ao máximo cometer gafes – ou seja, com um bom plano, você reduz os riscos naturais da atividade de empreender. A seguir, você confere algumas dicas importantes para evitar os principais erros em um planejamento. Confira!
1. Não avaliar o ambiente externo
A primeira coisa que devemos fazer em qualquer planejamento é avaliar o ambiente interno e externo. Acontece que, infelizmente, muitos gestores esquecem completamente de que estão inseridos no mercado, realizando apenas a análise do próprio negócio. Esse, certamente, é um dos maiores erros ao realizar um planejamento estratégico.
Em primeiro lugar, é no ambiente externo que encontramos as ameaças e oportunidades para o negócio. Sem não observar essas questões, você faz uma análise “cega” da situação, ignorando completamente a influência desses fatores na sua empresa. Por isso você deve sempre acompanhar índices econômicos, por exemplo, além de pesquisas de instituições renomadas da sua área.
2. Não definir metas inteligentes
Muitos gestores acabam definindo metas poucos desafiadoras. Outros preferem ousar mais do que devem (e podem) o que acaba impactando diretamente no motivacional das equipes. Qualquer meta deve sempre estar alinhada à realidade do seu negócio. Por isso, é muito importante definir as smart goals, ou, se preferir, metas inteligentes.
Basicamente, a palavra smart funciona como uma sigla e, nela, podemos encontrar todas as características de uma meta perfeita. Para isso, ela deve ser específica, mensurável, atingível, relevante e temporal.
3. Não realizar um planejamento democrático
Planejamento democrático? O que isso quer dizer? Bem simples. Muitos gestores criam verdadeiros muros entre suas posições e a dos departamentos da empresa. Outros, apesar de ouvirem gerentes, por exemplo, ignoram completamente a visão dos colaboradores. Ambos os comportamentos podem ser muito nocivos para um planejamento completo.
É fato que podemos – e devemos – realizar um planejamento estratégico com base no resultado dos indicadores de desempenho. No entanto, é muito importante ouvir aqueles que enfrentam a rotina da empresa, pois eles podem fornecer detalhes das atividades táticas e operacionais que certamente vão incrementar a tomada de decisão.
4. Não definir indicadores de desempenho
Outro erro muito comum acaba ocorrendo no momento de definir indicadores de desempenho para o negócio. Alguns gestores ignoram completamente esta etapa e, por conta disso, acabam realizando uma gestão reativa – apenas apagando incêndios. Por outro lado, existem aqueles que definem indicadores em excesso ou em escassez, o que também é um problema.
Os indicadores devem ser definidos com cuidado na hora do planejamento estratégico, afinal, não queremos excesso ou escassez de informações relevantes. O ideal é que eles estejam alinhados às metas definidas por você e consigam trazer informações relevantes sobre elas.
5. Não usar a tecnologia
Como vimos, o empreendedor precisa acompanhar indicadores de desempenho para conseguir definir um excelente planejamento estratégico. Afinal, as informações sobre o seu negócio também são indispensáveis para que você conheça seus limites, pontos de melhoria, entre muitas outras questões. Acontece que, manualmente, todo o processo é vagaroso e mais suscetível a erros.
O ideal é contar com sistemas e softwares internos que permitam que você recolha todas as informações que necessita rapidamente. Uma loja virtual, por exemplo, precisa ter seus produtos registrados com código de barras para monitorar estoques e definir prioridades. Sem isso, perde não só o controle, mas o nível de detalhamento que precisa para definir estratégias de vendas. Isso sem falar, é claro, que a tecnologia auxilia também na experiência do cliente.
6. Não definir a visão, a missão e os valores
Muitos gestores ainda acreditam que a definição da visão, dos valores e da missão da empresa é perda de tempo. Isso é errado! Estamos falando de três pilares que devem sustentar o seu negócio no longo prazo e, por isso, devem ser definidos o quanto antes. Eles influenciam não só o que o gestor pode esperar no longo prazo, mas também a cultura organizacional.
A visão nada mais é do que uma perspectiva que o gestor tem com a empresa no longo prazo. A missão, por outro lado, é o que a empresa pode oferecer para melhorar a sociedade. Por fim, temos os valores, que funcionam como códigos de conduta e ética que devem ser obedecidos por todos os profissionais do negócio.
7. Não revisar o planejamento estratégico
Por fim, é preciso deixar claro que, embora o planejamento tenha como foco o longo prazo, revisões periódicas devem ser feitas, principalmente quando consideramos questões como metas e indicadores de desempenho. Isso acontece porque o mercado é dinâmico, e as coisas podem mudar radicalmente de uma hora para outra.
Essa revisão do planejamento estratégico pode ter, inclusive, data marcada, para tornar aumentar a previsibilidade do que acontece no negócio. Vale lembrar que o planejamento é essencial para reduzirmos riscos e, por isso mesmo, deve ser tratado como uma das principais prioridades em uma empresa. A revisão é apenas uma forma de deixar essa questão em um nível de prioridade permanente.
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